terça-feira, 4 de dezembro de 2007

DECIFRA-ME

Não venha me falar de razão,
> Não me cobre lógica,
> Não me peça coerência,
> Eu sou pura emoção.
> Tenho razões e motivações próprias,
> Sou movida por paixão,
> Essa é minha religião e minha ciência.
>
> Não meça meus sentimentos,
> Nem tente compará-los a nada,
> Deles sei eu,
> Eu e meus fantasmas,
> Eu e meus medos,
> Eu e minha alma.
> Sua incerteza me fere,
> Mas não me mata.
> Suas dúvidas me açoitam,
> Mas não deixam cicatrizes.
>
> Não me fale de nuvens,
> Eu sou Sol e Lua,
> Não conte as poças,
> Eu sou mar,
> Profundo, intenso, passional.
> Não exija prazos e datas,
> Eu sou eterno e atemporal.
>
> Não imponha condições,
> Eu sou absolutamente incondicional.
> Não espere explicações,
> Não as tenho, apenas aconteço,
> Sem hora, local ou ordem.
> Vivo em cada molécula,
> Sou o todo e sou uno,
> Você não me vê,
> Mas me sente.
>
> Estou tanto na sua solidão,
> Quanto no meu sorriso.
> Vive-se por mim,
> Morre-se por mim,
> Sobrevive-se sem mim.
> Eu sou começo e fim,
> E todo o meio
>
> Sou seu objetivo,
> Sua razão que a razão
> Ignora e desconhece.
> Tenho milhões de definições,
> Todas certas,
> Todas imperfeitas,
> Todas lógicas apenas
> Em motivações pessoais,
> Todas corretas,
> Todas erradas.
>
> Sou tudo,
> Sem mim, tudo é nada.
> Sou amanhecer,
> Sou Fênix,
> Renasço das cinzas,
> Sei quando tenho que morrer,
> Sei que sempre irei renascer.
> Mudo protagonista,
> Nunca a história
>
> Mudo de cenário,
> Mas não de roteiro.
> Sou música,
> Ecôo, reverbero, sacudo.
> Sou fogo,
> Queimo, destruo, incinero.
> Sou água,
> Afogo, inundo, invado.
> Sou tempo,
> Sem medidas, sem marcações.
> Sou clima,
> Proporcional a minha fase.
> Sou vento,
> Arrasto, balanço, carrego.
> Sou furacão,
> Destruo, devasto, arraso.
> Mas sou tijolo,
> Construo, recomeço...
> Sou cada estação,
>
> No seu apogeu e glória.
> Sou seu problema
> E sua solução.
> Sou seu veneno
> E seu antídoto
> Sou sua memória
> E seu esquecimento.
> Eu sou seu reino, seu altar
> E seu trono.
>
> Sou sua prisão,
> Sou seu abandono e
> Sou sua liberdade.
> Sua luz,
> Sua escuridão
> E seu desejo de ambas,
> Velo seu sono...
> Poderia continuar me descrevendo
> Mas já te dei uma idéia do que sou.
> Muito prazer, tenho vários nomes,
> Mas aqui, na sua terra,
> Chamam-me de AMOR.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial